Embora não se tenham registros da inauguração do Mercado da Boa Vista, pesquisadores relatam que o lugar foi construído no início do século XIX. Ladeado por casarios e pelas Igrejas Santa Cruz e São Gonçalo, o local já foi estrebaria e Cemitério da Capela e serviu também de comércio de escravos negros.
A edificação foi reformada e reinaugurada em 02 de dezembro de 1946, período de administração do prefeito Antônio Pereira e do governador do Estado Otávio Correia. Passou por mais duas reformas: uma em 1991 e outra em 1994. Apesar disso, o mercado conserva muitas de suas características arquitetônicas como, por exemplo, o portal de ferro que mantém em suas pilastras símbolo que identifica o local de negociação de escravos negros africanos, trazidos através de contrabando.
Atualmente, o lugar possui mais de 60 boxes que servem de ponto de venda de cereais, carnes, frutas, verduras, ervas, frios e peixes. O local abriga uma praça de alimentação, onde se encontram bares que oferecem no cardápio comidas típicas da região. O mercado também serve de ponto de encontro para a música popular nordestina, onde acontecem apresentações de bandas locais.
Construído pelo engenheiro francês Louis Léger Vauthier, o Mercado de São José foi inaugurado em 7 de setembro de 1875, no mesmo local do Largo da Ribeira do Peixe. O mais antigo edifício pré-fabricado em ferro do Brasil teve sua arquitetura de estilo neoclássica inspirada no Mercado de Grenelle, localizado na França.
O Paço Alfândega é um verdadeiro retrato da memória urbana da cidade do Recife. Localizado às margens do Rio Capibaribe, no coração do Recife antigo, sua construção data de 1732. Neste local, funcionou, desde a ocupação holandesa, o Porto de Recife, considerado no século XVIII o porto mais movimentado das Américas. O prédio que abrigou durante quase 100 anos o Convento dos padres da Ordem de São Felipe Néri (Convento dos Oratorianos), a partir de 1826, passou a funcionar como sede da Alfândega. Muito tempo depois, com a mudança do porto para beira-mar, foi doado à Santa Casa de Misericórdia, tendo passado por vários usos, de cooperativa e armazém de produtos a estacionamento.
Após um longo período de degradação, o edifício foi alvo de um ambicioso e cuidadoso projeto de restauração que recuperou sua beleza e valorizou suas características arquitetônicas, permitindo a instalação de um moderno empreendimento comercial e cultural, com características únicas onde história e modernidade convivem harmoniosamente em prol da preservação do patrimônio histórico e da revitalização do Bairro de Recife Antigo.
Situado na Rua da Alfândega, nº 35, é considerado a âncora do complexo, possui aproximadamente 14.000 m² de área construída, utilizados para o desenvolvimento de atividades culturais e comerciais, nas áreas de tecnologia, arte, moda e gastronomia. O Paço Alfândega destaca-se, ademais, por sua localização privilegiada: além de sua proximidade aos principais órgãos públicos, situa-se naquele que foi considerado o maior porto das Américas do século XVIII, conferindo-lhe enorme potencial de crescimento turístico. Não é a toa que o Paço Alfândega é tão querido por toda a população do Recife e conquista de imediato todos que o visitam.
Famosa por ser a maior feira popular do Brasil, a Feira de Caruaru é um dos principais atrativos turísticos do Agreste pernambucano. Situada inicialmente no Largo da Igreja da Conceição, a feira surgiu há cerca de 200 anos como ponto de parada de mascates e vaqueiros, do qual, desses encontros, eram comercializados produtos.
Transferida em 1992 para o Parque 18 de Maio, no centro do Município, a feira tornou-se um polo comercial diferenciado, dispondo de variedade de produtos que atrai visitantes de todos os lugares do país e do mundo. Pelos seus dois quilômetros de extensão, é possível encontrar centenas de barracas coloridas que apresentam diversidade gastronômica, objetos populares, artesanato e vestuário.
Vale lembrar que a feira é enaltecida nos versos de Onildo Almeida, compositor caruaruense, reconhecidos posteriormente na voz do Rei do Baião Luiz Gonzaga. Em dezembro de 2006, O InstituTo do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN concedeu à Feira de Caruaru o título de Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro.